Teste de 23 perguntas diz-lhe em que nível de ‘burnout’ parental está

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[Fotografia: Pexels/N Voitkevich]

Exaustão, desmotivação e a sempre tão presente culpa de não se ser a melhor e mais disponível mãe do mundo é uma realidade que atinge milhares de mulheres e também homens. O burnout parental está cada vez mais presente no quotidiano das famílias, e as férias escolares, ao contrário do que se possa imaginar, nem sempre são sinónimo de recuperação.

O livro O Burnout Parental [Editora Pergaminho] traz à luz esta dimensão psicológica, revela causas e sintomas e quer deixar saídas para quem se sente esgotada na tarefa ou para quem, estando bem, possa manter essa mesma vivência com a família e filhos.

Um retrato de uma circunstância cada vez mais presente em famílias cuja estrutura é cada vez menor e nuclear e que é trazido pela psicóloga, com foco em matérias como gestão de stresse e competências emocionais, e professora catedrática da Universidade de Lovaina, Moïra Mikolajczak, e pela investigadora e pós-doutorada em Psicologia e especialista em parentalidade Isabelle Roskam.

[Fotografia: Divulgação/Pergaminho]
Ambas estão à frente de um projeto de investigação que abrange mais de 40 países e que se dedica ao estudo e análise desta matéria: o Parental Burnout Research Lab. “Este livro destina-se a todos os pais exaustos que procuram entender melhor o que é o burnout parental, o quão perto (ou longe) estão dele, como se chega lá, porque é que nos ‘cai’ em cima, como sair dele ou evitar uma recidiva”, afirmam as autoras no livro que chega agora a Portugal.

Uma obra que conta também com “testes práticos quer permitirão fazer um balanço da situação atual”, bem como “conselhos concretos para evitar o burnout ou sair dele”, acrescentam Mikolajczak e Roskam.

Por isso, é tempo de tentar enfrentar a realidade e fazer a primeira autoanálise: qual o seu nível de burnout parental? Trata-se de 23 perguntas que reproduzimos abaixo e damos conta, de forma sintética, dos resultados a que chegou. Vá sem medos e com honestidade:

[Fotografia: DR]
Confira agora o intervalo de resultados e o respetivo diagnóstico:

Menos ou igual a 30: Segundo as autoras, não há risco de burnout na fase em que se encontra, mas tal não quer dizer que não tenha passado por isso ou que venha a sofrer dele, mas já está a precaver-se.

De 31 a 45: Está diante de um perigo “ténue”, ainda que se sinta por vezes cansada. Mikolajczak e Roskam deixam caminhos para continuar a manter algum equilíbrio.

De 46 a 60: Chegamos aos primeiros sinais de que é importante cuidar de si para evitar que a situação escale, ainda que as autoras falem de um risco de burnout moderado.

De 61 a 75: Aqui a ameaça apresenta-se já elevada, com sintomas de maior irritação, sensibilidade e sensação de que não é capaz. Investigadoras alertam para o facto de, nesta fase, começar a existir risco de maior consumo de cafeína, tabaco ou álcool. Autoras elencam alguns dos cuidados a ter

De 76 a 84: Desenha-se o primeiro “provável” diagnóstico de burnout. “É crucial para a sua saúde mental e física e/ou para o bem-estar dos seus filhos que faça uma pausa” e começar por procurar um profissional, recomendam Mikolajczak e Roskam. Está-se diante de uma situação já marcada pela sensação de incapacidade, irritação e tudo à mistura com a culpa.

Igual ou superior a 85: É oficial, e está num momento crítico em que até a própria culpa já a cansa. Desespera pelo momento em que todos se deitam para acabar o dia e não se reconhece na pessoa que é. Cumpre tarefas e partes do seus ritmos quase em piloto automático – o jantar, o trânsito, as atividades. Parar e procurar ajuda profissional reveste-se de caráter urgente.