Matrículas. Mães estão a queixar-se quase três vezes mais do que os pais

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[Fotografia: Pexels/Gustavo Fring]

Matricular um filho para novo ano escolar 2024/25 volta a ser uma dor de cabeça para mães e pais. O Portal das Matrículas tem revelado, desde sábado, 22 de junho, constrangimentos devido ao “elevado número de acessos” e o Portal da Queixa já reporta perto de uma centena de queixas.

Contudo, estas denúncias são feitas mais por mulheres do que homens. “Desde o dia 22 de junho, até ao exato momento, foram registadas no Portal da Queixa perto de uma centena de reclamações: 64 mulheres e 25 de homens”, informa fonte oficial à Delas.pt. Ou seja, elas queixam-se quase três vezes mais do que eles num processo que deve abranger ambos progenitores.

Relativamente à resposta do Ministério perante as reclamações que lhe são dirigidas, a plataforma de recolha de denúncias revela que “os indicadores revelam que a performance da tutela tem vindo a piorar (…) apresentando uma taxa de resposta de 22,3% e uma taxa de solução de 23,6%. O Índice de Satisfação está pontuado pelos consumidores em apenas 23.5 (em 100), está avaliado como “Fraco”.

Recorde-se que o Ministério da Educação confirmou que “estão a ser registados alguns constrangimentos devido à carga causada no sistema pelo elevado número de acessos”.

Ao fim da tarde de quarta-feira, 26 de junho, a tutela confirmou que iria estender os prazos para a renovação de matrículas do 6.º ao 9.º ano e do 11.º ano de escolaridade no Portal até 5 de julho, aumentando uma semana.

Portal ainda só recebeu perto de 20% das renovações de matrículas

O ministério informou que “a plataforma não tem conseguido dar resposta, quando nesta fase são esperados mais de 100 mil registos”, assinalando que às 17:30 horas de quarta-feira, 26 de junho – quatro dias depois do início – “estavam efetuadas apenas 19.920 renovações de matrículas”. Ou seja, menos de 20% das renovações tinham dado entrada.

Segundo o comunicado enviado às redações, “os técnicos do Instituto de Gestão Financeira da Educação, que gere o Portal das Matrículas, estão a trabalhar com as duas empresas responsáveis pela plataforma para solucionar os problemas e constrangimentos detetados com a maior brevidade possível”.

A tutela acrescentou que já tinham sido “detetados problemas com a plataforma” entre 15 de abril e 15 de maio últimos, quando decorria o prazo para as matrículas do pré-escolar e do 1.º ano do ensino básico, muito embora tenham sido registadas mais de 150 mil matrículas.

Segundo o ministério, a nova plataforma foi desenvolvida muito próximo do início dos prazos das matrículas para o próximo ano letivo, uma vez que as duas empresas às quais foi adjudicado o serviço, em fevereiro, pelo anterior Governo, só iniciaram os trabalhos em março.

O comunicado esclarece que a renovação da matrícula para o 7.º ano (mudança de ciclo) é obrigatória, enquanto para os 6.º, 8.º, 9.º e 11.º anos deve ser feita quando há mudança de escola, escolha de disciplinas, alteração de curso ou formação e de encarregado de educação.

[notícia atualizada às 23.00 horas]