Esta dieta alimentar faz as mulheres viverem mais tempo, diz estudo

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[Fotografia: Pexels/Dana Tentis]

A dieta mediterrânica reduz o risco de mortalidade das mulheres em 1/5 e tem benefícios sobre praticamente todas as doenças. Por isso, e para viver mais, este plano alimentar é o que melhor poderá dar resposta a essas intenções.

As conclusões resultaram de um longo estudo que teve início nos anos 90 do século passado, levou mais de 25 anos de monitorização e acompanhou 25 mil mulheres norte-americanas (brancas, negras, asiáticas e hispânicas) com mais de 45 anos bem como os seus padrões alimentares. A análise detetou que esta dieta apresentava claras vantagens na redução da morte devido a cancro e doenças cardíacas.

Publicado na revista científica JAMA (e que pode ser lido aqui), os resultados basearam-se em estudos de amostras de sangue que indicaram que este plano alimentar não só conseguia reduzir o colesterol como tinha potencialidades na melhoria de vários marcadores de saúde, entre eles: equilíbrio das gorduras no sangue, a insulina e manutenção de um peso mais estável e saudável.

“Os benefícios para a saúde da dieta mediterrânica são reconhecidos por médicos, e o nosso estudo traz detalhes em torno das razões pelas quais esta dieta pode ser tão benéfica. As políticas de saúde pública devem promover os atributos alimentares saudáveis e devem desencorajar adaptações pouco indicadas”, pede a cardiologista e diretora do Centro de Metabolómica Lipídica do Brigham and Women’s Hospital e autora sénior deste estudo, Samia Mora, citada em comunicado.

Ao longo de um quarto de século estas mulheres foram acompanhadas, foi recolhido sangue analisado para mais de 30 biomarcadores e foram sendo anotadas todas as alterações à amostra: bem-estar, doenças e morte.

Em 2023, os investigadores olharam para os dados e recolheram resultados claros apontando para o facto de que quem cumpria a dieta mediterrânica estava efetivamente a viver mais tempo e melhor. Os benefícios reconhecidos eram tão significativos que mesmo as mulheres que afirmaram seguir esse plano, mesmo que de forma moderada, tinham 8% menos hipóteses de morrer mais cedo.