Após cinco anos à frente da casa Chanel, assumindo a pesada herança de Karl Lagerfeld – que morreu em fevereiro de 2019 -, Virginie Viard, de 62 anos, diz adeus à direção criativa da casa onde estava há 30 anos. Se este optou pela extravagância, Viard assumiu uma posição mais discreta, que frequentemente foi apontada pelos críticos da moda, e possivelmente perigosa.
Apesar destes olhares, Viard deixa a casa Chanel como nunca: a bater recordes de vendas de quase 20 milhões de dólares no ano passado e um histórico de sucesso financeiro nos cinco anos em que liderou a direção criativa da Chanel.
Especula-se quem se sucederá e emergem principalmente os nomes de Hedi Slimane, que tem estado à frente da Celine mas que tem marcado presença nas notícias por estar alegadamente a rever o contrato com a LVMH, e Pierpaolo Piccioli, que deixou a Valentino em março deste ano e ao fim de 25 anos de trabalho na casa italiana.
A saída de Viard sucede num contexto de moda em mudança, de greves anunciadas e de muitas marcas estarem a cancelar passereles, remarcando-as para novas datas. Contudo, apesar deste anúncio da Chanel, a casa criativa mantém a apresentação da coleção de alta-costura Outono/Inverno 2024/25 para o dia 25 de junho, tal como previsto, na Opéra Garnier, em Paris.
